Por falta de infraestrutura hospitalar, quase 80% das mães de Belford Roxo precisam sair da cidade para ter filhos

  • 16/05/2025
(Foto: Reprodução)
Os dados fazem parte dos levantamentos 'Estatísticas do Registro Civil 2023' e 'Estimativas de Sub-Registro de Nascimentos e Óbitos 2023', divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (16). No Brasil, 33,9% do total de nascimentos ocorreu em hospitais ou unidades de saúde fora da cidade da mãe. IBGE Reprodução Quase 80% das mães de Belford Roxo, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, precisam sair da cidade para realizar o parto de seus filhos, por falta de infraestrutura hospitalar no município. O número é bem maior do que a média nacional, que aponta para 33,9% do total de nascimentos fora da cidade de residência da mãe do bebê. Os dados são de 2023 e fazem parte dos levantamentos 'Estatísticas do Registro Civil 2023' e 'Estimativas de Sub-Registro de Nascimentos e Óbitos 2023', divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (16). Com 79,5% dos partos realizados fora da cidade, o índice de Belford Roxo é o mais alto entre municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes. Segundo o levantamento do IBGE, o cenário expõe a carência de leitos hospitalares e a precariedade da rede de saúde local, obrigando gestantes a buscar atendimento em outras cidades, como a capital Rio de Janeiro. Números de cidade pequena Segundo o Censo de 2022, Belford Roxo tem 483.087 habitantes. Porém, enquanto em municípios de grande porte apenas 10,2% dos nascimentos ocorrem fora da cidade de residência da mãe, Belford Roxo apresenta um padrão típico de cidades pequenas. Segundo o IBGE, em municípios com até 5 mil habitantes, por exemplo, 92,8% das gestantes precisam migrar para ter filhos. A explicação, segundo o IBGE, está na concentração de hospitais e maternidades em centros urbanos maiores. Na Região Metropolitana do Rio, a carência de infraestrutura em cidades como Belford Roxo e Nova Iguaçu (57% dos partos fora do município) leva famílias a dependerem da capital, sobrecarregando serviços públicos já saturados. O fenômeno contrasta com o cenário das capitais brasileiras, onde menos de 33,9% dos partos ocorrem fora do município de residência. Outros dados da pesquisa de 2023 Os dados de 2023 também apontam uma redução de 0,7% no número de nascimentos no Brasil em relação a 2022, continuando uma tendência de queda iniciada antes da pandemia. Em cinco anos, o país registrou 345 mil nascimentos a menos. A Região Sudeste, onde está Belford Roxo, segue com o maior percentual de mães acima de 30 anos (39%), cenário associado à urbanização e ao acesso a políticas de planejamento familiar. Em 2023, 98,9% dos partos no Brasil ocorreram em hospitais, mas 11,8% dos nascimentos ainda são de mães adolescentes, com disparidades regionais. No Norte, 18,7% dos partos são de mães com até 19 anos, contra 7,3% no Distrito Federal. Os dados revelam que 39% dos nascimentos em 2023 no país foram gerados por mães com 30 anos ou mais. Entre 2003 e 2023, a representatividade de nascimentos gerados por mães com 30 a 34 anos aumentou de 14,6% para 21,0%, e para mães de 35 a 39 anos aumentou de 7,2% para 13,7%. LEIA TAMBÉM: Brasil tem menor número de nascimentos desde 1976, diz IBGE Puxado pelas mulheres, casamento homoafetivo bate novo recorde em 2023; união entre homens diminui Casamentos voltam a cair no Brasil em 2023, mas crescem as uniões entre mulheres, diz IBGE

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/05/16/por-falta-de-infraestrutura-hospitalar-belford-roxo.ghtml


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