Falso médico é preso na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio; homem se passou por pediatra, psiquiatra infantil e ginecologista
16/05/2025
(Foto: Reprodução) O preso usava um registro de um médico de São Paulo. Ele foi preso em uma unidade de saúde. Cremerj afirma que não há médicos com o nome dele e que repudia a conduta. Falso médico é preso na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio
Reprodução
Um homem foi preso por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital na tarde desta sexta-feira (16) na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A investigação aponta que Milton Borges de Souza Melo atuava irregularmente desde 2023, quando se passou por pediatra em uma Unidade de Pronto Atendimento em Campo Grande, também na Zona Oeste.
De acordo com a polícia, ele fugiu da UPA no dia 30 de maio de 2023, ao ser confrontado pela diretora da unidade. A mulher registrou queixa na 35ª DP (Campo Grande). Ele chegou a atender mais de 1,6 mil crianças no local.
Dessa vez, Milton estava assinando como psiquiatra infantil em uma clínica no interior do Shopping Barra Point. Ele também já se passou por ginecologista, segundo a polícia.
A polícia afirma que ele usava o registro de um médico de São Paulo no carimbo. O preso realizava diversos atendimentos para adultos e crianças em uma clínica que está no nome de sua esposa, que é estudante de enfermagem.
No local, foram encontrados diversos medicamentos de uso restrito, receituários médicos, carimbos em nome de outros profissionais, brinquedos e diversos documentos falsificados.
Ele vai responder por exercício ilegal da medicina e uso de documento falso.
O Cremerj emitiu uma nota dizendo que não há incristos com o nome do preso e que repudia esse tipo de conduta que traz enormes riscos para a população.
"Havendo suspeita, qualquer cidadão, órgão público ou unidade de saúde pode verificar a inscrição do médico tanto no site do CRM do respectivo estado, quanto no do Conselho Federal de Medicina. Se ainda houver dúvidas, a orientação é entrar em contato com as autarquias pelos devidos canais para esclarecimento. A invasão do ato médico é um crime e o caso está sendo tratado devidamente pelas autoridades policiais", afirma a nota.
A Secretaria de Saúde disse que assim que a UPA recebeu a denúncia de que ele seria falso médico, Milton foi desligado e o boletim de ocorrência feito.