Guarda municipal preso em 2023 por golpe de pirâmide financeira ainda recebe salários

  • 02/01/2025
(Foto: Reprodução)
Rodrigo César de Souza da Silva que ainda pode recorrer da condenação em 1a instância, recebeu R$ 46 mil da Guarda Municipal porque o processo administrativo disciplinar da corporação ainda não foi concluído. Guarda municipal do Rio preso por comandar esquema continua recebendo salário O guarda municipal Rodrigo César de Souza da Silva, condenado em 1ª instância a 11 anos e 8 meses de prisão por comandar um esquema de pirâmide financeira, continua recebendo seus salários da corporação. De acordo com os investigadores, a quadrilha teria movimentado mais de R$ 132 milhões. O RJ2 revelou as denúncias contra os criminosos em março de 2023. Rodrigo, que segundo a decisão da Justiça fez centenas de vítimas, recebeu R$ 46 mil da Guarda Municipal porque o processo administrativo disciplinar da corporação ainda não foi concluído. O valor transferido para o guarda é referente aos salários de dezembro de 2023 até o 13° salário de 2024. O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, que assinou a decisão que condenou Rodrigo, apontou o guarda municipal como o responsável pela logística financeira da quadrilha. Golpe contra colegas Em março de 2023, a 57ª DP (Nilópolis) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) abriram investigações contra Rodrigo e Jadson Luiz do Nascimento Gonçalves, donos da Investimento Confiança, ou IC Invest, por suspeita de pirâmide financeira. Outras três pessoas acusadas de participação no esquema também foram condenadas a cinco anos de prisão em regime semiaberto. Jadson segue foragido da Justiça. Operação mira pirâmide financeira na Guarda Municipal do Rio Segundo as investigações, as transferências de recursos eram feitas para 3 contas bancárias: uma da Investimento Confiança, uma da IC Invest e outra de Jadson. De acordo com as vítimas, Rodrigo atraía os investidores dentro da Guarda oferecendo Day Trading, uma operação financeira baseada na oscilação do preço de ativos, ao longo do dia. Para entrar no negócio, os investidores adquiriram empréstimos em bancos ou efetuaram o aporte de valores via cartão de crédito de até R$ 40 mil. A dupla oferecia 5% de rentabilidade ao mês, mas os valores nunca foram pagos. Em três anos de atuação da empresa, houve vítima pedindo empréstimo e vendendo até o carro e a casa, na ilusão do lucro, mas o dinheiro desapareceu. "Constata-se que Rodrigo era o responsável pela logística financeira, inclusive pelos depósitos de altos valores e pela avaliação dos imóveis entregues pelas vítimas durante as falsas relações comerciais efetivadas", dizia a sentença. Vítima investiu 3 imóveis e 2 carros O advogado Marcelo Pereira, que representa mais de 60 vítimas da quadrilha, disse que ainda não houve avanço em relação aos valores a serem restituídos. Ele afirmou também que a prisão de Jadson é um passo crucial para a recuperação dos valores investidos. "Só dos meus clientes dá um somatório de R$ 10 milhões. Esse senhor evadiu-se e ninguém sabe o paradeiro dele", disse Pereira. O guarda municipal Rodrigo Cesar de Souza da Silva Reprodução/TV Globo Uma das vítimas, que não quis se identificar por medo, disse ter investido três imóveis e dois veículos na pirâmide financeira. Segundo ela, o prejuízo passou de R$ 1 milhão. "Eu perdi tudo. Na verdade, tudo que eu tinha construído durante muitos anos com muita luta, com muito sacrifício, com muito trabalho. Meu nome tá todo sujo, eu não tenho mais crédito. Hoje, moro de aluguel", comentou a vítima. O que dizem os citados Em nota, a defesa de Rodrigo César de Souza da Silva disse que a condenação não é definitiva e depende do julgamento dos recursos. O advogado frisou ainda que o suspeito afirmou que também foi vítima e teve prejuízos e que o verdadeiro responsável pelo golpe é o sócio dele, que está foragido. Já a Guarda Municipal do Rio informou que o processo administrativo e disciplinar interno contra o agente está em fase final e que o estatuto do servidor não prevê a perda do salário enquanto não houver demissão ou exoneração.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/01/02/guarda-municipal-preso-em-2023-por-golpe-de-piramide-financeira-ainda-recebe-salarios.ghtml


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